Recorte de Imprensa

Fonte:

Jornal de Angola

Questões ambientais estão na agenda política angolana

Bornito de Sousa discursou na Conferência sobre o reforço dos compromissos políticos para a melhoria e conservação dos mangais no continente

O Vice-Presidente da Repú- blica afifirmou, ontem, em Luanda, que as questões ambientais ocupam um lugar privilegiado na agenda polí- tica angolana. Bornito de Sousa, que falava na Conferência sobre o reforço dos compromissos políticos para a melhoria e conservação dos mangais em África, decorrida online, recordou que, desde a Independência, Angola assumiuse como um Estado, onde as questões ambientais estiveram sempre na primeira linha de prioridades. Com o Presidente João Lourenço, acrescentou, essa realidade ocupa um lugar privilegiado na agenda polí- tica, no quadro das organizações internacionais, nas quais Angola faz ouvir a voz, alinhada com os grandes compromissos globais sobre o ambiente, como os Objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) e o Acordo de Paris.

A nível interno, sublinhou, as questões ambientais têm aco lh imento na própr ia Constituição da República, que consagra a responsabilidade do Estado adoptar medidas de protecção do ambiente e das espécies da flflora e fauna, manutenção do equ i l íbr io eco lóg ico , exploração e utilização racional de todos os recursos natura i s , n o q u a d ro d e um desenvolvimento sustentá- vel, e do respeito pelo direito das gerações futuras.

Ao referir-se aos ecossistemas dos mangais, Bornito de Sousa considerou que “sa o parte de nós”, pois o que representam para o equilíbrio ambiental, nomeadamente a biodiversidade aquática e terrestre, tornam a conservação uma questão de sobrevivência da espécie humana. “E no próprio território, onde vivemos, produzimos alimentos, trabalhamos, fazemos turismo e lazer que tem nos mangais uma protecção efificaz contra a erosão dos solos e inunda- ções”, exemplifificou.

Bornito de Sousa lamentou o facto de muitos mangais terem sido destruídos por depósito de resíduos, construção habitacional e comercial, utilização agrícola e poluição com plástico, petró- leo bruto e lixo electrónico. Lembrou que Angola, no âmbito da Semana Nacional do Ambiente e das acções em prol da protecção dos mangais, realizou, no mês passado , um Sem inár io Nacional sobre as Zonas Húmidas de Interesse Internacional, que produziu um importante documento, a “Declaração de Luanda”. Este documento, disse, estabelece um conjunto de recomendações que visam, a médio prazo, inverter a tendência de destruição de ecossistemas naturais e dos mangais, em particular. “Na sequência dessa iniciativa, propusemo-nos a plantar um milhão de mangais durante o presente ano”, lembrou o Vice-Presidente da