10 de Abril de 2024 | No âmbito do programa de Responsabilidade Social, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e os associados do Bloco 0 – Cabinda Gulf Oil Company, Sonangol E.P, Azule Energy e a TotalEnergies –, entregaram hoje ao Ministério da Saúde e ao Governo Provincial de Benguela, o Laboratório de Biologia Molecular do Lobito. Este laboratório, criado durante a pandemia, foi completamente reestruturado e apetrechado para apoiar na detecção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, como VIH/SIDA, hepatites virais e outras.
Criada em 2020, a estrutura agora entregue ao Ministério da Saúde, situa-se nas instalações do Hospital Municipal do Lobito, possui equipamento de alta tecnologia, e uma capacidade de testagem de 96 amostras em 8 horas ou 288 amostras em 24 horas, permitindo a testagem anual de 24 mil amostras, entre carga viral e diagnóstico precoce infantil.
Para Carlos Pinto de Sousa, Secretário de Estado para Saúde Pública, este laboratório assume grande importância porque nos vai permitir seguir de forma sistematizada a população que vive com o HIV e vai contribuir para que estejamos perfeitamente alinhados com a Organização Mundial da Saúde, que definiu o exame de carga viral do HIV/SIDA como padrão ouro para a monitorização da eficácia da terapia antirretroviral, incluindo o diagnóstico definitivo de crianças expostas ao VIH antes dos 18 meses de idade.
“Por ser um laboratório com grande capacidade de testagem, o seu funcionamento não vai ficar restrito ao Hospital Municipal do Lobito. Vai funcionar, à semelhança do Laboratório Regional de Benguela, como uma estrutura de referência para região Centro-Sul, podendo vir a reforçar num futuro próximo as testagens de amostras provenientes das províncias do Bié, Huambo, Huíla, Namibe, Cunene e Cuanza-sul. Se assim acontecer – e acreditamos que sim – vamos aumentar a capacidade de testagem do país de 65 mil testes para 96 mil testes por ano e encurtar em muito o tempo de espera dos resultados pelos pacientes”, sublinhou o governante.
Seguidamente, o Director Provincial da Saúde em Benguela, António Cambinda, disse que a província tem dado passos importantes na melhoria e na extensão dos serviços de saúde, assim como no apetrechamento da rede laboratorial. E acrescentou que, para além deste que hoje receberam, contam também com o Laboratório de Virologia Molecular, no Hospital Geral de Benguela, que tem estado a fazer a carga viral e o diagnóstico precoce infantil com o apoio do Instituto Nacional de Luta Contra o Sida.
“A par destas realizações, estamos a concluir o processo de montagem de mais duas unidades, que vão reforçar o tratamento à tuberculose em tempo recorde, e que nos vão permitir fazer estudos de sensibilidade e resistência aos medicamentos”, acrescentou. O Director Provincial reiterou também que “se vislumbra, neste preciso momento, uma grande oportunidade para transformar Benguela numa referência a nível regional nesta área da saúde pública. Motivo pelo qual, em nome da Província, agradeceu o apoio que lhes está a ser prestado pela ANPG e pelos parceiros do Bloco 0, e que já remonta a 2020.
Alcídio Heleinge, Gerente do Bloco 0 e representante da ANPG, lembrou que a concessionária nacional, enquanto entidade reguladora e fiscalizadora, que coordena e aprova os investimentos especiais e de responsabilidade social do sector de petróleo e gás, “vê com elevada estima a mobilização destes recursos para a implementação de projectos de apoio social em áreas como a saúde, designadamente em termos de diagnóstico de doenças que afectam muitos angolanos e que com estes equipamentos podem ser tratados e verem melhorada a sua qualidade de vida em tempo útil”.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis e os parceiros do Bloco 0, “respondem desta forma e com resultados palpáveis ao apelo lançado pelo Instituto Nacional de Luta Contra o Sida, colocando à disposição dos profissionais de saúde e das populações laboratórios especializados e com capacidade de resposta em tempo útil para a realização do diagnóstico de patologias como o HIV-SIDA e a hepatite”, concluiu o Gerente do Bloco 0.