20 de Outubro de 2023 | A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) realizou, nesta quarta-feira, 18 de Outubro, o Workshop de apresentação dos resultados preliminares da campanha Methane To-Go no Offshore, uma iniciativa global das Nações Unidas para o Ambiente que foi abraçada pelas autoridades angolanas, em parceira com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e as operadoras petrolíferas que actuam no nosso País.
Angola aderiu ao projecto, em 2021, com a assinatura de um Memorando de Entendimento entre o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), a ANPG e o DLR, levando a cabo uma campanha de recolha de dados sobre a emissão do gás metano proveniente da actividade petrolífera angolano. O estudo envolveu a utilização de aeronaves adaptadas às exigências do projecto ao longo das regiões costeiras de Angola e Gabão.
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Durante o Workshop, fez-se um balanço encorajador do contributo do sector. A título de exemplo, há empresas com a sua estratégia a apontar para uma redução das emissões do gás metano em 80% até 2030, em comparação com as quantidades emitidas em 2020. Há também empresas que almejam o alcance quase zero das emissões absolutas de metano até 2030, com a redução das emissões dos gases de efeito estufa na ordem dos 40% até 2030 e a queima de gás em até 75%, tendo como referência o seu desempenho em 2019.
O Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, considerou a adesão ao Projeto Methane To-Go um passo importante ao compromisso com o acordo de Paris no combate às alterações climáticas, especificamente, na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), para limitar o aquecimento global do planeta abaixo de 1,5 °c até ao final do século.
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“Como está demonstrado cientificamente, o metano (ch4) é um dos principais gases de efeito estufa e tem um poder de aquecimento da atmosfera 80 vezes superior ao do dióxido de carbono, mas com um tempo de vida mais curto na atmosfera, inferior a 10 anos. Todos os esforços que a nossa indústria puder fazer para a redução das suas emissões na atmosfera, contribuirão significativamente no combate às alterações climáticas”, disse.
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Já o Presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, advogou o uso da ciência e da tecnologia para diagnosticar a dimensão dos desafios e encontrar soluções.
“Nós, Concessionária Nacional, vimos na iniciativa uma oportunidade de reafirmar o compromisso com as boas práticas universais, que tão bem dialogam com o quadro legal do nosso País, em particular o do nosso sector. Outro motivo pelo qual abraçamos o desafio tem a ver com o perfil das entidades internacionais proponentes, aproveitando a rica bagagem das Nações Unidas”, revelou o gestor.
Prestigiaram o Worskshop, o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, a Administradora da ANPG, Natacha Massano, a Diretora-Geral da ExxonMobil, Melissa Bond, entre outras entidades.
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