06 de Outubro de 2022 | O Coordenador do Grupo de Trabalho para os Biocombustíveis da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Vita Mateso, defendeu uma abordagem realista para o contexto dos países em desenvolvimento, a propósito da transição energética, afastando de todo a descontinuação brusca da exploração de hidrocarbonetos.
Segundo o especialista, que dissertava em representação do PCA da Concessionária Nacional, Paulino Jerónimo, numa conferência promovida pela Revista Economia e Mercado, no passado dia 28/09, em Luanda, há que apostar na regulação, no saber fazer e em meios tecnológicos para o reforço da mitigação do impacto ambiental associado à indústria extractiva.
Prestigiou o certame o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que teceu elogios à organização do evento pela ousadia de convidar a tutela de um sector que é alvo de olhares em certa medida preconceituosos, quando se fala de questões ambientais.
Diamantino Azevedo relembrou que em Angola, à semelhança dos demais países produtores de petróleo, só foi possível alcançar a qualidade de vida, os avanços sociais e tecnológicos devido ao bom uso dos recursos minerais, que incluem os hidrocarbonetos, o carvão e outros. É também o sector, sublinhou, que vai garantir as condições de financiar a transição energética, pelo que a indústria petrolífera deverá existir por muitos mais anos.