O primeiro projecto de gás não associado em Angola, com previsão de início de produção em 2T-2026, contempla um investimento na ordem dos 2,4 mil milhões de USD.
Luanda, 4 de Outubro de 2023 | A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis Anpg (ANPG), Concessionária Nacional, a Azule Energy, na qualidade de operadora, a Cabinda Gulf Oil Company (CABGOC), a Sonangol P&P e a TotalEnergies, realizaram hoje, 04/10, no município do Soyo, província do Zaire, a cerimónia de lançamento da primeira pedra da construção das instalações que vão albergar as operações do Projecto Novo Consórcio de Gás (NGC).
O evento foi testemunhado pelo Governador da Província, Adriano Mendes de Carvalho, pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, ladeado pelo Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, pelo Presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, entre outras entidades.
A Decisão Final de Investimento do NGC ocorreu em Julho de 2022. O projecto contempla a exploração e produção de gás não associado dos campos de águas rasas Quiluma e Maboqueiro (Q&M), através de duas plataformas offshore, uma planta de processamento de gás onshore e a ligação à fábrica da Angola LNG, com uma taxa de produção prevista de 350 milhões de pés cúbicos padrão de gás por dia, o que equivale a aproximadamente quatro bilhões de metros cúbicos de gás por ano.
A concretização do projecto vai permitir o fornecimento contínuo de gás à Angola LNG e, consequentemente, ao ciclo combinado do Soyo. No que diz respeito ao Conteúdo Local, 1 bilião de USD dos custos do projecto serão investidos em Angola, através da contratação de serviços.
“A fábrica de processamento de gás em terra do Novo Consórcio de Gás atingirá uma produção diária de 350 milhões de pés cúbicos padrão de gás, que serão enviados para o Angola LNG, assegurando o seu funcionamento continuo e do ciclo combinado do Soyo”, revelou o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
Segundo o governante, “este quadro ilustra bem o potencial de recursos naturais de que dispomos e o papel da indústria extractiva como alavanca de desenvolvimento de outras, como por exemplo a Indústria Petroquímica e de fertilizantes. O sector de Oil & Gas torna-se cada vez mais robusto com as políticas gizadas e estratégias definidas pelo Executivo angolano, entre elas a aposta em refinarias e nos grandes projectos a nível do gás.”
O Presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, enfatizou que na indústria extractiva, que é um mercado de capital intensivo, a paciência e a confiança de todas as partes intervenientes são cruciais para o alcance das metas.
“A aposta no projecto do NGC encontra acolhimento no Decreto Presidencial n.º 7/18, de 12 de Maio, que estabelece o regime jurídico fiscal para exploração, produção e venda de gás natural em Angola; e no Decreto-Lei 10/21, de 22 de Abril, que estabelece os princípios e bases gerais de benefícios, incentivos fiscais consoante a zona ou província de implantação do projecto, os deveres e as garantias dos investidores”, disse.
Para o CEO da Azule Energy, Adriano Mongini, “é um grande orgulho para nós darmos este passo para a concretização deste projecto que demonstra o nosso forte compromisso em reforçar o papel de Angola como produtor global de gás, e a ambição de assumirmos uma parceria com o país rumo à diversificação da matriz energética”.