Luanda, 25 Fevereiro de 2025 – A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a Azule Energy e os parceiros do Bloco 15/06, Sonangol Exploração e Produção, Sinopec e NAMCOR, celebraram hoje, em Xangai, República Popular da China, a cerimónia de baptismo da Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo (do inglês FPSO) Agogo.
A Unidade faz parte do Projecto de Desenvolvimento Integrado West Hub Agogo, que visa desenvolver as duas descobertas mais importantes do Bloco 15/06, os campos Agogo e Ndungu, aumentando significativamente a produção no bloco. Por outro lado, vai impulsionar o crescimento da economia nacional, reforçar a capacitação técnica angolana e fortalecer a cadeia de valor local, alinhando-se com as prioridades do governo no desenvolvimento socio-económico.
Numa altura em que muito se fala dos efeitos negativos das emissões de carbono ao meio ambiente, o Agogo será um FPSO “verde”, com uma meta de emissões de até 10 kg CO2/boe durante a sua vida útil. O seu design inclui um sistema de flare fechado, unidade de recuperação de gás nos tanques de armazenamento de óleo, unidades de recuperação de calor residual e uma turbina a gás de ciclo combinado para geração de energia. Todo o topside e os sistemas marítimos foram projectados para serem totalmente eléctricos. O FPSO dispõe de uma unidade-piloto de captura e armazenamento de carbono (CCUS), de modo a recuperar volumes remanescentes de CO2, sendo o pioneiro em Angola e no Mundo com este tipo de tecnologia.

Para o Secretário de Estado do Petróleo e Gás, José Barroso, “o Projecto Agogo Integrado reflecte a visão estratégica de Angola para parcerias que privilegiam a transferência de tecnologia, o desenvolvimento de conteúdo local e a gestão ambiental. Componentes críticos deste projecto foram fabricados em estaleiros angolanos – uma prova concreta do nosso compromisso em fortalecer a indústria local e promover a auto-suficiência”.

Já o PCA da ANPG, Paulino Jerónimo, destacou o contributo do projecto ao Conteúdo Local. “As actividades de fabricação e construção local no estaleiro da SONAMET, Lobito, Angola, geraram cerca de 600 mil horas-homem e mais de 1 900 toneladas fabricadas. O projecto Agogo contou com mais de 1 600 postos de trabalho directos no território nacional durante a fase de EPCI entre os anos 2023 e 2025 e mais de 5 milhões horas-homem”.
Para Adriano Mongini, CEO da Azule Energy, “a conclusão do FPSO Agogo vários meses antes do previsto reforça a capacidade de execução de projectos da Azule Energy, e a sinergia perfeita entre todos os intervenientes. Este marco maximizará as reservas do Bloco 15/06, incluindo os campos maduros da área de forma mais rápida e rentável.”
A cerimónia contou ainda com as presenças membros do corpo diplomático angolano na China, a Administradora Executiva da ANPG, Ana Miala , parceiros do Bloco 15/06, accionistas da Azule Energy e empreiteiros. A iniciativa destaca a colaboração multinacional de todas as partes envolvidas no apoio ao desenvolvimento do sector, seguindo as directrizes do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás para o desenvolvimento da indústria e a transição energética associada.
O FPSO Agogo distingue-se pela integração de soluções inovadoras de baixo carbono, posicionando Angola como referência em projectos energéticos sustentáveis.
A entrada em operação do FPSO está prevista para o final de 2025, seis meses antes da data de início do FID.


