ANPG, CHEVRON E SONANGOL ASSINAM CONTRATOS DE SERVIÇOS COM RISCO PARA OS BLOCOS 49 E 50

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A ANPG, a Chevron e a Sonangol P&P acabam de assinar os contratos de serviços com risco para os Blocos 49 e 50. O investimento em cada um destes blocos está avaliado em 3,6 mil milhões de Dólares, prevendo-se que cada um destes blocos venha a produzir cerca de 200 mil barris/dia. O início dos trabalhos vai acontecer ainda este ano.

Luanda, 18 de Julho de 2024 | A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, na qualidade de Concessionária Nacional, e os consórcios constituídos pelas empresas Cabinda Gulf Oil Company Limited (filial em Angola da Chevron) e a Sonangol Pesquisa & Produção, S.A. assinaram hoje em Luanda os contratos de serviços com risco para as áreas de concessão dos Blocos 49 e 50.

Estes dois Blocos estão localizados nas águas ultra-profundas da Bacia do Baixo Congo e, em virtude das condições geológicas, apresentam uma complexidade operacional acrescida, associada a um elevado risco de pesquisa, motivo que conduziu à assinatura dos contratos de serviços com risco.

O investimento a realizar em cada um dos blocos, que têm a Chevron na posição de operadora, ascende a 3,6 mil milhões de Dólares.

O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, encorajou o papel das empresas na estratégia nacional de estabilização dos níveis de produção. “Aproveito para desafiar a Sonangol e a Chevron a concluírem em tempo record a etapa de exploração e chegarmos, dessa forma, à fase de produção com marcos adicionais. Não por acharmos que será uma tarefa fácil. Antes por acreditarmos na maturidade e no vosso domínio tecnológico, aliados ao longo historial de realizações do sector petrolífero angolano. Temos noção de que os Blocos 49 e 50 estão localizados em zonas com elevado risco de pesquisa e operacionalidade, por conta das condições geológicas nesta área da Bacia do Baixo Congo. Os incentivos fiscais são mais do que justificados”, frisou.

O Presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, considerou o acordo assinado como um somatório das políticas e dos investimentos para a contenção do declínio da produção. “Na semana passada a produção nacional atingiu um pico de um milhão e duzentos mil barris por dia. Esta variação representa um aumento na ordem dos cem mil barris de óleo por dia, face à média dos últimos seis meses. São destes acontecimentos que nos alegram enquanto intervenientes do sector, porque dão sinal claro da combinação de políticas e de todos os investimentos para atenuar o declínio”, disse. O gestor acrescentou ainda que “o progresso da indústria petrolífera angolana depende de um ambiente de diálogo aberto com os nossos investidores, principalmente em projectos com um grau de complexidade extraordinária, como são os Blocos relativamente aos quais assinamos hoje os contratos de serviços de risco”.

Para o representante da Chevron e Director-Geral da Unidade de Negócios Estratégicos para a África Austral, Billy Lacobie, a multinacional “tem um legado de 70 anos de excelência operacional em Angola. Como parceiro de longo prazo, continuamos empenhados em a ajudar a fornecer energia acessível e cada vez mais limpa para benefício das famílias. Estas concessões são os primeiros activos operados pela CABGOC fora das nossas áreas de concessão existentes em Cabinda, o que demonstra o compromisso com o País e a nossa parceria com o Governo e a Sonangol na exploração e desenvolvimento da área fronteiriça das águas territoriais”.

Por seu lado, o Presidente da Comissão Executiva da Sonangol P&P Ricardo Van-Deste, sublinhou que “a assinatura destes dois documentos reafirma o compromisso da empresa estatal e o parceiro Chevron, enquanto operador, de continuar a desenvolver as suas actividades de exploração em Angola. Houve uma grande abertura para o diálogo por parte da ANPG, tendo resultado em acordos que correspondem às expectativas de todas as partes”.

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