08 de Novembro de 2024 | A delegação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) presente na conferência África Energy Week (AEW), que aconteceu na cidade de Cape Town, África do Sul, de 04 a 08 de Novembro, desdobrou-se no cumprimento da apertada agenda entre reuniões com investidores e painéis de discussão para vender as oportunidades que Angola tem a oferecer.
Numa mesa-redonda sobre os motivos para investir em Angola, o Administrador Executivo, Alcides Andrade, que encabeça a comitiva da Concessionária Nacional, foi questionado sobre o que o País está a fazer para assegurar a produção diária acima de 1.1 milhões de barris de petróleo. O gestor apontou a criação de condições para captar investimento e melhorar o ambiente de negócios, baseada na agilidade, flexibilidade e pragmatismo, essenciais para se ter um mercado competitivo a cada dia.
“Estamos sempre empenhados em criar condições que permitam a rápida recuperação do investimento e um retorno satisfatório. Portanto, podem esperar que a próxima ronda de licitação, em 2025, vai ter algo de diferente. O foco reside, quer no aumento do petróleo-custo, quer num equilíbrio maior na partilha do petróleo-lucro, ou ainda considerando casos em que seja possível aplicar incentivos fiscais em projectos”, revelou o Administrador Executivo da ANPG, Alcides Andrade.
O País já concessionou por meio de licitações, adjudicação directa e em regime de oferta permanente 32 dos 50 Blocos inscritos na sua Estratégia de Atribuição de Concessões.
“Acreditamos que a implementação das reformas desde 2018 para o aumento da actividade de exploração e a introdução de incentivos para os campos marginais foram essenciais para que tivéssemos agora campos marginais em produção. Adicionalmente, a nova Lei do gás, permitiu aos investidores o acesso aos direitos nesta matéria, no sentido de explorar, desenvolver, produzir e monetizar, à semelhança do que ocorre com o petróleo”, revelou Alcides.
Note-se que Angola está no negócio de petróleo e gás há cem anos contando com a exploração e as descobertas comerciais tiveram início na década de 1960, com uma produção Onshore, em águas rasas e águas profundas. O País alcançou o pico da produção de hidrocarbonetos em 2008 e começou a enfrentar o declínio natural a partir de 2016.
Compõem a delegação da ANPG, entre outros, o Director de Negociações, Hélder Iombo, o Director de Produção, Rui Afonso e a Coordenadora de Conteúdo Local, Maura Nunes.