A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) assina, na segunda-feira, dia 16 de Dezembro de 2019, um Acordo de Extensão com a TOTAL, Operadora do Bloco 17 em Angola, e com os parceiros Equinor, ExxonMobil e BP, para a extensão de todas as licenças de produção do Bloco 17 até 2045. Com a assinatura do Acordo de Extensão, a Sonangol adquire um interesse participativo de 5% e vai adquirir outros 5% em 2036.
O Bloco 17 está localizado entre 150 a 200 km ao largo da costa angolana, em profundidades de água entre os 600 e os 1.400 metros. É operado pela TOTAL (com um interesse participativo de 40%), juntamente com as subsidiárias da Equinor (23,33%), da ExxonMobil (20%) e da BP (16,67%). O Bloco granjeou uma história de sucesso ímpar em Angola, com cerca de 3 mil milhões de barris de petróleo produzidos desde 2002 a partir de quatro Unidades Flutuantes de Armazenamento, Produção e Transferência, conhecidas na indústria pela sigla inglesa FPSO: Girassol (início das operações em 2001), Dália (início das operações em 2006), Pazflor (início das operações em 2012) e o Clov (início das operações em 2014). A produção do Bloco 17 foi de 530 mil barris de petróleo/ dia em 2018, depois de um pico de produção de 700 mil barris de petróleo/dia em 2015.
O potencial do Bloco é ainda significativo com mais de mil milhões de barris a produzir. Estão em desenvolvimento três projectos que permitirão desbloquear o potencial dos campos através da ligação aos FPSOs existentes. No total, e em face de um investimento de 2.5 mil milhões de Dólares, serão desenvolvidos cerca de 150 milhões de barris de recursos adicionais e mais de 100 mil barris/dia, em termos de produção, para manter o “plateau” de produção do Bloco 17 acima dos 400 mil barris /dia até 2023. Estão ainda em estudo outros projectos de desenvolvimento nos campos do Pazflor, Rosa, Girassol e Dália.
Para o Presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, “O Acordo evidencia a determinação da Total e os seus parceiros em analisar as várias oportunidades de investimento de curto prazo que já foram identificadas, com o intuito de manter a produção acima dos 400 mil barris de petróleo/dia até 2024. Existe uma grande expectativa de realizar actividades de pesquisa nas áreas próximas de forma a acrescentar novos recursos no Bloco 17 e, de modo geral, ao País.”
“Estamos muito entusiasmados em prosseguir com a história de sucesso do Bloco 17 em Angola, nos últimos 20 anos, a Total tem demonstrado a sua excelência no offshore profundo, através de inúmeros desenvolvimentos e inovações tecnológicas. É o início de um importante marco na história de Angola e demonstra o nosso compromisso contínuo em desenvolver os recursos de petróleo e gás em Angola”, atestou o Presidente Director Geral do Grupo Total, Patrick Pouyanné.
Por seu turno, o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, referiu que “com a assinatura deste acordo Sonangol passa a ser parte do Grupo Empreiteiro do Bloco 17, o que permitirá diversificar cada vez mais o seu portfólio e contribuir para o aumento das receitas do Estado.”