28 de Outubro de 2022 | Os desafios e as oportunidades em toda a cadeia de valor energética de Angola, bem como o ambiente de abertura que o país oferece aos investidores foram objecto de uma mesa-redonda organizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e pela Sonangol, na África do Sul, durante a Semana Africana da Energia (AEW), de 18 a 21 de Outubro.
Presenciada por representantes de alto nível de instituições públicas e privadas do sector energético ligado ao nosso continente, a sessão foi moderada por Verner Ayukegba, Vice-Presidente Executivo da Câmara Africana da Energia (AEC). Constituíram o painel o Administrador Executivo da ANPG, Belarmino Chitangueleca; o Administrador Executivo da Sonangol, Osvaldo Inácio; o CEO da Somoil, Edson dos Santos; o Director Executivo para África Central, Oriental e Austral da Schlumberger, Miguel Baptista; o Chefe de operações e co-fundador da Afentra, Ian Clorke; e o Director Executivo da Chevron Angola, Billy Lacobie.
“Temos activos maduros e com grandes perspectivas, um ambiente político estável e muitas empresas experientes que ainda lá estão. Temos também muito potencial para novos activos e para investidores interessados em energias renováveis, com o país a aumentar a utilização de energias renováveis. Estamos dispostos a negociar com investidores interessados para maximizar os investimentos em toda a indústria e fazer de Angola o destino final do capital energético”, vincou o Administrador da Concessionária Nacional, Belarmino Chitangueleca.
Para Osvaldo Inácio, “o ambiente de negócios de Angola é aberto e estável. A geologia é grande, há desafios de investimento e infra-estruturas mas os recursos estão lá. Um bom testemunho disto é a Chevron que conseguiu permanecer no país durante décadas devido a parceiros fiáveis, ao potencial de expansão do país e a políticas favoráveis”.
Comentando a razão pela qual Angola continua a ser o foco principal da Chevron após 60 anos de operações, Lacobie afirmou que “Angola ainda tem muitos recursos por explorar, e tem um ambiente estável. Além disso, dispõe de infra-estruturas que permitem que os recursos sejam levados para o mercado rápida e facilmente. Os actuais termos fiscais tornaram os negócios mais fáceis e transparentes, uma vez que os requisitos de negociação para adquirir e operar blocos são agora mais simples”.
Também o representante da Afentra, Ian Clorke, realçou o interesse em expandir as operações em Angola. “O próximo passo será transitar do petróleo para o gás e depois para as energias renováveis e Angola é o ambiente perfeito para isso. Melhores taxas de recuperação, maior espaço de concorrência e a disponibilidade de parceiros fiáveis são alguns dos aspectos que impulsionam o crescimento da indústria em Angola. Há também oportunidades de parceria com as grandes empresas e à medida que estas diversificam mais de crescimento há para nós”, esclareceu Ian Clarke.
O painel de discussão também destacou os planos de Angola para acelerar a exploração, a perfuração e a aplicação de tecnologias modernas para optimizar as actividades a montante, ao mesmo tempo que se dá prioridade à sustentabilidade ambiental e energética.