18 de Maio de 2022 | O papel da Organização dos Países Africanos Produtores de Petróleo (APPO) é determinante para fazer face aos desafios da transição energética, por ser uma plataforma de concertação multilateral e mobilizadora de financiamentos para o sector de energias no continente.
A ideia foi defendida pelo Director de Planeamento Estratégico da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Alcides Andrade, durante a mesa-redonda sobre “Conteúdo Local Africano: revisão de Políticas e progressos na implementação de conteúdo local em África”, inserida na programação do CAPE VIII, o 8.º Congresso e Exposição de Petróleo Africano, que a cidade de Luanda acolhe de 16 a 19 de Maio.
Questionado sobre quão preparada está África para produzir, processar e comercializar os mais de 125 biliões de barris de reservas comprovadas de petróleo e 500 trilhões de pés cúbicos de gás sem tecnologia, finanças e mercados ocidentais, Alcides Andrade respondeu positivamente, rematando que a questão é o quão rápido podemos fazê-lo com os recursos que temos.
“África tem uma presença forte no sector de oil & gas, muitos países produzem há mais de 50 anos, percurso que permitiu acumular capacidades e competências para desenvolvermos as potencialidades do continente. Em Angola também tivemos a oportunidade de construir e montar vários equipamentos que estão a ser utilizados nas nossas instalações offshore”, advogou.
O gestor elogiou as realizações mais recentes da APPO, tais como os estudos de competitividade e a assinatura com o Afreximbank, na passada segunda-feira (16/05), do Memorando que cria um fundo de investimentos do sector de energia para os países membros, cerimónia testemunhada pelo Chefe de Estado angolano, João Manuel Gonçalves Lourenço.
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