CONTEÚDO LOCAL DEVE IMPULSIONAR TRANSIÇÃO ENERGÉTICA EM ANGOLA

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24 de Novembro de 2021 | O Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, defendeu nesta terça-feira (23/11), em Luanda, que com a nova legislação sobre o Conteúdo Local, estão lançadas as bases para que as empresas prestadoras de serviços desenvolvam e tragam equipamento e tecnologia de última geração para garantir operações petrolíferas mais eficientes e com menos emissões de gases de efeito estufa, conforme a estratégia do Executivo angolano para atenuar o declínio da produção.

Discursando na Conferência sobre Serviços e Tecnologia na Indústria (AOTC), organizada pela Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera de Angola (AECIPA) em parceria com a Plataforma Panafricana para o Sector de Energias (APPO) e a Energy Capital & Power, o governante sublinhou que a gestão do Conteúdo Local, à luz do Decreto Presidencial n.º 271/20, de 20 de Outubro, é da alçada da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Concessionária Nacional, sob supervisão do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

A ANPG publicou recentemente no seu website uma lista de bens e serviços e os requisitos que habilitam as sociedades comerciais, e de Direito angolano em particular, para o desenvolvimento da actividade de prestação de serviços à indústria petrolífera”, referiu, acrescentando que “em Angola estão registadas pelo menos 232 empresas de Conteúdo Local que podem garantir mais de 16 mil postos de trabalho, principalmente para quadros e técnicos angolanos”.

Quanto à demanda mundial da transição energética, José Barroso advoga ser necessário falar-se, antes, de uma fase transitória entre a exploração de hidrocarbonetos e o desenvolvimento e utilização, para o benefício das populações, de fontes de energias renováveis.

Gostaria de destacar a Planta da Angola LNG, no Soyo, um equipamento fundamental para toda a estratégia do governo, em termos de produção de gás. Essa planta veio ajudar-nos a obter dois resultados fundamentais. O primeiro deles foi o de podermos finalmente deixar de queimar o gás que era produzido associado ao petróleo. Graças a este projecto, temos a oportunidade de monetizar o gás, liquefazendo e exportando. A planta trouxe também outros benefícios, como por exemplo a auto-suficiência para o País em termos de gás butano, o famoso gás de cozinha, e também a possibilidade de darmos os primeiros passos na produção de electricidade, utilizando gás em vez de queimar continuamente gasóleo, como é o caso hoje”, rematou.

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