09 de Novembro de 2021 | A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) defendeu hoje, na Cidade do Cabo, África do Sul, que a transição para as energias renováveis não deve ser feita a qualquer custo e que a indústria de hidrocarbonetos deverá investir por pelo menos mais duas décadas, sob pena de se comprometer o necessário equilíbrio dos países em desenvolvimento.
O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da ANPG em exercício, Belarmino Chitangueleca, manifestou esta posição no primeiro dia da conferência African Energy Week onde partilhou o painel com a CEO da Agência Sul-africana de Petróleo, Phindile Masangane.
“A nossa realidade recomenda continuar a exploração e produção de petróleo e gás como mecanismo de garantia da transição energética. Ainda temos de desenvolver os nossos países e há muito a fazer para a melhoria das condições de vida da população no que se refere à urbanização, acesso à saúde, água e electricidade. A transição energética não pode ser feita a qualquer custo”, – sublinhou Belarmino Chitangueleca.
O gestor da Concessionária Nacional, que aproveitou a ocasião para atrair investidores aproveitando o novo ambiente de negócios em Angola, esteve alinhado com as intervenções feitas na sessão de abertura por diversos dignitários dos sectores de hidrocarbonetos. Ponderação na abordagem da transição energética para evitar disrupções foi a tónica dominante nas mensagens da África do Sul, Sudão do Sul, República do Congo-Brazaville, Nigéria e Guiné Equatorial.
A decorrer de 09 a 12 de Novembro, a conferência African Energy Week, de iniciativa da African Energy Chamber, junta titulares ministeriais dos sectores de petróleo e gás, bem como empresas da África do Sul, Namíbia, Sudão do Sul, República do Congo, Nigéria, Guiné Equatorial, Alemanha e Estados Unidos da América. Por Angola participam no certame o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), a ANPG, a Sonangol e a Chevron.
