Luanda, 28 Novembro de 2025 – Foi inaugurada ontem (27/11) na província do Zaire, pelo Presidente da República de Angola, João Lourenço, a Fábrica de Tratamento de Gás (GTP) do Novo Consórcio de Gás (NGC). O projecto resulta do investimento do Consórcio composto pela Azule Energy, na qualidade de operador, a Sonangol, a Cabinda Gulf Oil Company (CABGOC) e a TotalEnergies, sob coordenação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), enquanto Concessionária Nacional.
O projecto NGC é o primeiro desenvolvimento de gás não associado em Angola, com uma capacidade para processar cerca de 400 milhões de pés cúbicos de gás por dia (MMscfd) e 20 mil barris de condensados por dia. O gás é proveniente das plataformas offshore Quiluma e Maboqueiro e fornecido à planta da Angola LNG para exportação.
Durante o pico das actividades, o projecto mobilizou mais de 4.500 trabalhadores, cerca de 1.200 profissionais (homens e mulheres) envolvidos na construção da plataforma Quiluma, na Base Logística da Petromar, no Ambriz, evidenciando o impacto positivo na geração de emprego e capacitação local. Esta realização é também sustentada por um histórico de HSE, com 20 milhões de horas trabalhadas sem incidentes que tenham provocado afastamento do trabalho.
“As jazidas de gás não associado garantem uma produção maior do que se contarmos apenas com o gás que vem associado ao petróleo. Os benefícios são grandes, pois o gás tem uma grande procura no mercado internacional, é menos poluente do que o diesel e tem bom preço. Acreditamos que virão outros empreendimentos como este ao longo da costa, que sejam promissores para o povo angolano e para a economia nacional.
Para a população local um dos benefícios é o incremento da oferta de emprego. Para a construção desta indústria foi admitido um número considerável de cidadãos angolanos. Mas vem aí muito mais emprego, se tivermos em conta que está prevista a construção de uma unidade de produção de fertilizantes que vai usar precisamente o gás desta unidade. Quem conseguir emprego aqui tem família, o que melhorará as condições de vida não só de uma pessoa, mas de uma família”,esclareceu o Presidente da República, João Lourenço.
Para o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo a inauguração, hoje, do início das operações do NCG composto por 2 plataformas, Quiluma e Maboqueiro, com um sistema de transporte de cerca de 50 Km e uma planta de tratamento de gás em terra, é um ganho para o sector e não só.
“Este é o primeiro empreendimento de produção de tratamento de gás natural não associado ao petróleo em Angola. Alcançamos este marco 6 meses antes do previsto. Em 2018, com a aprovação do Decreto Legislativo presidencial n.º 7/18, a chamada Lei do Gás, Angola passou a dispor de um regime legal e fiscal moderno, competitivo e atractivo para o desenvolvimento do Gás não associado ao petróleo, abrindo definitivamente a porta para empreendimentos estruturantes como este”, Salientou.
Já o CEO da Azule Energy, Adriano Mongini, afirmou que este marco representa um passo decisivo na afirmação de Angola como um actor estratégico no mercado global de gás natural, e o consolidar da cooperação bem-sucedida entre o Grupo Empreiteiro liderado pela Azule Energy (uma joint-venture 50:50 entre a bp e a ENI), os parceiros do NGC e o Executivo angolano.
“Hoje, Angola dá um passo decisivo para se afirmar como uma força estratégica no mercado global de gás natural. A Azule Energy orgulha-se de ser a empresa que lidera este caminho com a conclusão do desenvolvimento do NGC e actividades dedicadas à exploração de gás”, declarou.
A planta de gás entrou em fase de comissionamento em Novembro de 2025, assinalado o início de produção do projecto, alcançado apenas 24 meses após a cerimónia de lançamento da primeira pedra em Outubro de 2023 e seis meses antes do cronograma aprovado.
Esta iniciativa apoia a diversificação energética do país e representa um desenvolvimento responsável de recursos, promovendo o crescimento de outros sectores por como por exemplo o de fertilizantes para a agricultura.
Sobre o Novo Consórcio de Gás
O Novo Consórcio de Gás é composto pelas seguintes entidades: Azule Energy – operador do consórcio, com uma participação de 37,4%, Cabinda Gulf Oil Company (CABGOC) com 31%, Sonangol E&P com 19,8%, TotalEnergies (TTE) com 11,8% e a ANPG na qualidade de Concessionária Nacional.
